(Publicado originalmente no blog Apometria Universalista em 11/11/2021)
Muitas pessoas questionam porque quando resgatamos espíritos eles estão sempre em sofrimento ou perdidos no umbral, questionam onde estão as equipes socorristas das colônias e os amigos ou parentes para ajudar o falecido na hora da morte. Como já comentei em diversos posts ser resgatado não é a regra, é a exceção, acontece com uma minoria, a maioria de quem morre não é socorrida ou resgatada para alguma colônia. Hoje nos deparamos com a exceção da regra, fomos fazer um resgate e a pessoa falecida já havia sido resgatada, ou pelo menos deveria, seria levada para uma pequena cidade no astral chamada Vila da Gratidão, uma colônia situada numa parte boa do astral, acima do umbral. Vejam como foi o caso.
O cidadão em vida foi uma pessoa boa, fez uma doação de terras que beneficiou dezenas de famílias que passaram a ter onde morar e ficaram muito gratas a ele. Essa energia de gratidão verdadeira, derivada de um ato meritório do cidadão e que gerou a gratidão das pessoas, é bem diferente de ficar se dizendo grato a tudo na vida como ocorre com a galera gratiluz, e essa energia de gratidão verdadeira que essas pessoas sentiram por ele foi o passaporte dele para ser recebido na Vila da Gratidão. Essa pequena cidade astralina existe há cerca de 5.000 anos e a energia que a mantém é essa energia de gratidão verdadeira, que tem uma tonalidade azul claro misturado com amarelo. É uma cidade que tem prédios de apartamentos, tem casas, avenidas, só não tem veículos, é como se fosse uma cidadezinha do interior. Só vão para essa cidade pessoas que em vida fizeram algo de bom para outras pessoas a ponto delas ficarem muito gratas, sentirem uma gratidão verdadeira, o que gera uma energia específica que fica agregada no espírito da pessoa por quem se sente a gratidão. Essa cidade já teve cinco administradores nesses seus 5.000 anos de existência. O último administrador está no cargo há cerca de mil anos e em sua última existência ele foi um santo italiano, desses menos conhecidos, mas que em vida ajudou muita gente, fez muitas doações para pessoas realmente necessitadas que sentiam muita gratidão por ele. Quem já passou por essa cidade tem uma espécie de acompanhamento ao reencarnar, eles tentam ajudar a pessoa a nascer numa família onde ela possa ter a chance de fazer algo por outras pessoas que gere gratidão, pois assim esse espírito pode voltar para a Vila da Gratidão quando morrer. E se a pessoa conseguiu angariar gratidão suficiente em vida, como no caso desse cidadão que atendemos, eles fazem o acompanhamento na hora da morte. No caso dessa pessoa que fomos contratados para resgatar ela teve uma morte assistida pelo pessoal da cidade e seria levada para lá, ela tinha um tempo para confortar os familiares e depois iria para a cidade. Porém, uma filha da pessoa falecida era muito apegada a ela e estava impedindo que o pai fosse levado para a cidade, mesmo sem querer, inconscientemente a filha sentia muita falta do pai e seu apego criou literalmente um laço que impediu os espíritos que vieram resgatá-lo de o levar para a cidade.
Nós então conversamos com o cidadão e propusemos cortar o laço que o mantinha preso à filha e o levarmos até a Vila da Gratidão, o que ele aceitou de bom grado. Quando chegamos lá ele parece que foi sugado para dentro, pois a cidade tem um campo de força ao redor, uma redoma de energia. Em resumo, a Vila da Gratidão é uma cidade astralina, uma colônia, onde no passado espíritos que tinham uma energia boa, pessoas que foram boas para outras pessoas em vida, criaram um local para viver no astral. A população atual da Vila da Gratidão é de cerca de 10.000 espíritos, pode oscilar um pouco acima ou abaixo, mas essa quantidade é o ponto de equilíbrio da cidade, é o tanto que conseguem manter com a energia que possuem e com o que entra com os recém-mortos. A média de permanência dos espíritos na Vila da Gratidão é de cerca de 100 anos, com exceção do administrador, que fica bem mais tempo pois precisa manter a estrutura da cidade e só reencarna depois de planejar bem sua reencarnação para ter condições de gerar gratidão em vida o suficiente para ele poder voltar, e também tem que escolher quem o sucederá na administração da cidade.
No momento, segundo nos informou o administrador da cidade, eles monitoram 52 pessoas encarnadas que já passaram pela cidade e que já conseguiram em sua vida atual fazer algo por outras pessoas que lhes gerou a gratidão verdadeira. Esses espíritos quando chegar a hora da morte vão ser assistidos pela equipe da Vila e serão transportados para lá. O cidadão que levamos para a Vila já morou lá, antes da encarnação atual ele estava lá, teve assessoramento para reencarnar assim como teve na hora da morte. Na última vez que veio para a Vila da Gratidão o cidadão salvou da morte certa um grupo de 33 pessoas que lhe ficaram muito gratas, isso foi na Idade Moderna. Enfim, para não dizerem que não mostro os dois lados da situação, eis o caso de uma pessoa que foi resgatada para uma colônia após sua morte. Não sei se conseguiram perceber mas a Vila da Gratidão não é uma cidade onde entra qualquer um, é uma colônia de elite, foi criada e estruturada por um grupo de espíritos que tinham uma energia muito boa e descobriram como mantê-la, através da gratidão verdadeira, e a cidade está se mantendo há muito tempo dessa forma.
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