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Foto do escritorGelson Celistre

Vila católica

Apesar das religiões cristãs não acreditarem na reencarnação, no astral é comum encontrarmos igrejas e comunidades de cristãos vivendo como se estivessem aqui na Terra. Quando questionados sobre a realidade do pós-morte ser diferente da que eles apregoavam eles criam uma versão para justificar estarem vivos e muitas vezes ainda perturbando os encarnados, ou seja, agindo como os espíritos de demônios que eles tanto gostam de expulsar das pessoas nos cultos evangélicos, dizem que Deus deu esta missão para eles porque são especiais e coisas do tipo.

Hoje no atendimento de uma mulher cuja mãe faleceu há mais de 20 anos resolvi verificar onde ela estava para efetuar o resgate e nos deparamos com uma comunidade católica no astral. Essa comunidade eu não chamaria de cidade por ter poucos habitantes, aproximadamente 900 espíritos, está mais para uma vila, e foi criada no início da colonização de São Paulo logo após o descobrimento.

Essa vila católica era liderada por um padre que está sem reencarnar há cerca de 500 anos, foi um dos primeiros a vir para o Brasil, e conversei um pouco com ele. O lugar segundo a descrição do médium era muito bonito, havia mais de mil casas no estilo colonial português, ruas limpas e arborizadas, calçadas com pedras, havia vegetação, árvores e campos, alguns lotes sem nenhuma construção, apenas grama, e o interessante é que havia um sol lindo o tempo todo, nesta vila nunca escurecia, não havia noite. Não havia veículos nessa vila todos andam a pé e o local era cercado por uma redoma de energia.

Conversando com o padre que gerenciava a vila e que foi o fundador dessa comunidade, ele disse que ainda em vida ele já mentalizava esse local e que esses lotes vazios são para construir casas para novos moradores se necessário. Essa comunidade poderia ser um pequeno paraíso, como aqueles dos panfletos das Testemunhas de Jeová, só faltava os animais selvagens. Mas enfim, o padre disse que essa era a versão dele do paraíso.

Perguntei quem tinha acesso a esse paraíso e ele respondeu que eram apenas as pessoas que ajudaram a igreja, portugueses que se estabeleceram aqui no país, mais especificamente em São Paulo, e que eram muito ligados à igreja, fazendeiros e comerciantes em sua maioria, todos abastados economicamente. O padre dizia que no paraíso que ele criou as pessoas receberam pelas indulgências., que para quem não lembra foi uma prática da Igreja Católica na Idade Média na qual as pessoas poderiam comprar o perdão de seus pecados.

Eu estava questionando o padre porque essa vila paradisíaca onde viviam menos de mil espíritos era protegida por uma redoma de energia, um campo de força, e do lado de fora havia mais de 6.000 espíritos desamparados. Aliás foi entre esses desamparados que encontramos a mãe da mulher que estávamos atendendo. Do lado de fora da vila a paisagem é semelhante, tem um campo e algumas árvores aqui e acolá, mas não tem casas, nenhuma construção, e ao contrário da vila onde sempre tem um sol brilhando, nesse local é escuro o tempo todo, como um entardecer cinzento e enevoado onde não se enxerga a luz do sol.

Esses espíritos desamparados ficam ao redor da vila porque eventualmente prestam algum serviço para algum dos habitantes da vila, como se fossem diaristas, quando precisam de algum serviço na vila abrem um portal no campo de força e chamam algum desses espíritos, os que não estiverem já sem forças e deitados no chão, escolhem o que ainda estão de pé, que era o caso dessa mãe que fomos atrás, ela já havia prestado alguns serviços e ficava ali esperando ser chamada novamente.

Em resumo, era uma comunidade de elite e que sobrevivia graças a sua ligação com igrejas antigas de São Paulo, retirando para si a energia das rezas de fiéis e das missas. Uma das coisas que o padre fazia pelos seus fiéis habitantes da vila era mantê-los reencarnando sempre nas mesmas famílias, de pessoas abastadas economicamente, para que não passassem por dificuldades, ou seja, estavam burlando a lei da reencarnação.

Todos os quase mil habitantes da vila foram encaminhados para reencarnação e os espíritos desamparados que estavam do lado de fora foram alojados nessa vila, que passará a ser um posto de socorro avançado no umbral. São chegados os tempos e todos os espíritos que estão recebendo benefícios indevidos, burlando a lei para não pagarem por seus atos, serão chamados para o ajuste de contas.

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