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Foto do escritorGelson Celistre

Reencarnação compulsória

Muitas pessoas acreditam que a reencarnação compulsória ocorre por determinação de alguma autoridade superior em relação a espíritos que não querem reencarnar, como se existisse algum tipo de tribunal de seres de luz que se ocupam em controlar quem vai nascer ou não. É claro que acontece muito de um espírito ser encaminhado para reencarnação sem querer, em épocas específicas como a que estamos passando onde está sendo feita uma limpeza no umbral temos que colocar para reencarnar uma grande quantidade de espíritos que não querem reencarnar, mas o termo reencarnação compulsória no espiritismo está vinculado como oposto até à reencarnação planejada, pois os espíritas acreditam que nós antes de reencarnar escolhemos de livre e espontânea vontade que vamos reencarnar, e aí recebemos auxílio dos nossos mentores.

Isso é um mito e ocorre de forma parecida com quem vai para alguma cidade espiritual, que eles chamam de colônia, que tem uma estrutura para isso, tem lá um Ministério da Reencarnação. Como já expliquei em outros textos a maioria dos espíritos não chegam nessas colônias, morrem, ficam por aqui e reencarnam as vezes sem nem saber que estiveram mortos. A reencarnação compulsória seria uma obrigação imposta a espíritos menos evoluídos que então reencarnam sem ter escolhido nascer e aí não escolhem que serão seus pais, outra ilusão que os espíritas possuem, de acreditar que todos nós escolhemos conscientemente que serão nossos pais. Na prática a reencarnação compulsória ocorre de forma natural da seguinte maneira, o espírito que não quer reencarnar acaba sendo conectado a um óvulo fecundado por uma atração magnética natural, pela lei do karma. O caso que vou relatar exemplifica bem isso, claro que existem inúmeras possibilidades de como pode ocorrer uma reencarnação compulsória e este caso não esgota todas e nem tem essa pretensão, mas é um caso interessante.

Atendemos um menino de três anos de idade que não fala e não anda. Fisicamente saudável, o menino não tem nenhuma deformidade. Os pais já fizeram todos os exames conhecidos e não há nenhum diagnóstico do motivo dele não falar nem andar, não tem nenhum tipo de retardamento mental detectado, nem autismo ou outra doença que possa provocar isso. Ninguém conseguiu descobrir o que ele tem e o motivo dele não falar nem andar. Quando nos solicitaram o atendimento informaram que na noite anterior ele se debateu muito durante o sono e vomitou.

Quando sintonizamos com o menino o encontramos com uma personalidade de adulto, o que já é incomum pois quando vamos reencarnar sofremos uma miniaturização na qual perdemos todos os órgãos do corpo astral, fica só a mente sem nenhuma lembrança do passado e esse menino está com três anos e ainda estava com a mesma personalidade que tinha no astral antes de nascer. O menino além de estar com uma personalidade adulta estava muito indignado porque ele não queria ter nascido, queria estar no astral. Mas quem o obrigou a nascer? Ninguém, ele foi atraído magneticamente para o nascimento porque no astral ele estava vampirizando o casal que se tornou os pais dele e por ter ligações kármicas com eles de vidas passadas foi atraído para o nascimento acidentalmente, pelo menos na mente dele foi um acidente pois ele não queria nascer, mas na realidade foi o magnetismo natural que os atraiu e o colocou nesse corpo novo.

Mas porque ele não perdeu a memória e manteve a personalidade que tinha no astral antes de nascer? Essa parte é interessante e tem a ver com os pais dele. Numa vida passada aqui no Brasil, eu diria até recente pois foi há menos de dois séculos atrás, os pais desse menino foram um casal de feiticeiros negros que conseguiram comprar sua liberdade e um pedaço de terra fazendo feitiços para seu dono. Esse espírito que hoje é o filho deles era um homem pobre e ambicioso que queria ficar com os bens desse casal, que não tinham filhos nem herdeiros, então ele se aproximou e se ofereceu para trabalhar para eles em troca de casa e comida e foi ficando, ganhando a confiança deles.

O casal de negros o via como o filho que eles não tiveram e lhe ensinaram tudo que sabiam sobre a vida, sobre os espíritos e sobre feitiços. O homem então decidiu apressar a passagem do casal para se apossar logo das terras e ele mesmo trabalhar com os feitiços, mas para não dar na vista eles não podiam morrer de repente, por isso ele foi envenenando os dois até que adoeceram e morreram lentamente e as pessoas acharam que foi de forma natural a morte. Mas não foi só isso. Ele sabia que existia reencarnação e bolou um plano para não precisar mais reencarnar, por isso fez vários feitiços ainda em vida para burlar a reencarnação junto a uma entidade que ele cultuava, inclusive ofereceu os pais para essa entidade como pagamento.

Mas assim como existe falcatrua aqui no físico no astral não seria diferente e o tal espírito não tinha conhecimento nem poder para impedir que o homem não reencarnasse, o que ele fez foi ficar junto do homem após ele morrer e ficaram vampirizando o casal que ele havia matado e que já tinha reencarnado quando o homem morreu e conseguiram ficar algumas décadas sem reencarnar vampirizando encarnados. Mas quando foi reencarnar agora novamente aquele casal, já estando mais fraco tanto ele quanto o espírito da entidade que o ajudou, ele foi puxado para reencarnação. Devido aos feitiços que ele havia feito não ocorreu o processo de reencarnação do jeito normal e ele não perdeu a memória, por isso quando nasceu ele tinha a recordação viva na mente de que estava preso aquele corpo de bebê sem querer. Imagine se amanhã você acordasse no corpo de um bebê recém nascido, você com essa mente que tem hoje, foi o que aconteceu e por isso ele decidiu que não iria falar nem andar porque ele queria morrer, queria voltar para onde estava no astral vampirizando pessoas encarnadas.

Nesse caso fizemos o que estamos acostumados a fazer, que era o que deveria ter acontecido com ele, apagamos a mente dele e o deixamos incorporado nele mesmo. Ele se debatia a noite durante o sono por estar tentando romper o laço que o unia ao seu corpo de bebê. Se ele nesses três anos não provocou nenhum dano neural em seu cérebro vai ter uma vida normal a partir de agora.

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