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Foto do escritorGelson Celistre

O sonho de ter uma loja

(Publicado originalmente no blog Apometria Universalista em 6/12/2020)


Muita gente tem o sonho de ter uma loja, ser um empresário, de ser seu próprio patrão. Atendemos uma mulher que tinha esse sonho e o realizou. Ela trabalhava há muitos anos e de repente teve esse sonho, parecia que não tinha condições, mas ela se empenhou e conseguiu abrir sua loja. Parecia tudo certo, mas no dia que ela inaugurou a loja, fez um coquetel, já se arrependeu do que tinha feito e só não desistiu na hora porque havia se comprometido muito, investiu tudo que tinha, e não podia desistir. Enfiam o sonho já se realizou há alguns anos, mas ela não tem vontade de continuar com a loja.

Ao sintonizar com a situação descobrimos que esse sonho de abrir uma loja foi implantado na mente da mulher por um espírito, pois a pessoa que vende as franquias da loja que ela abriu fez um trabalho de magia para conseguir mais clientes. O espírito que pegou o serviço no terreiro saiu catando na cidade alguém e achou a consulente, implantou nela o sonho de ter uma loja, ficou com ela 24 horas por dia reforçando esse desejo na mente dela, e no dia que ela inaugurou a loja ele deu o serviço dele por encerrado e saiu de perto dela, por isso que ainda no coquetel de inauguração ela já se arrependeu do que tinha feito, pois o espírito se afastou dela e sem a energia dela a induzindo a ter esse sonho ele desapareceu.

Puxamos o espírito que anos atrás induziu a consulente a abrir essa loja e ele disse que estava apenas fazendo seu trabalho, que foi contratado para isso e fez bem feito. Essa entidade tinha sido escravo em 5 vidas passadas, veio da África na primeira delas, e nas frequências dessas vidas passadas dele resgatamos mais de 4500 escravos. A mulher acabou sendo alvo desse sonho que não era dela porque em duas vidas passadas que foi comerciante ela induzia as pessoas a comprar o que não queriam ou não precisavam com ajuda espiritual. Em uma das vidas ela foi um homem na França, era padeiro, e rezava muito para uma santa qualquer pedindo que os fregueses comprassem muitos produtos dele, desejava muito ganhar bastante dinheiro. Sempre acendia uma vela para esse santa. Essas rezas e o desejo dele atraíram o espírito de uma mulher que induzia as pessoas a comprar tudo que ele oferecia. Essa vida foi há mais de 200 anos e aquele espírito que ajudava o padeiro ainda estava lá recebendo orações dos moradores daquela vila francesa. Era uma mulher que viveu naquela vila onde o padeiro tinha seu negócio, nasceu numa família muito pobre e era aleijada, tinha uma perna mais curta, e era meio deformada. Ela vivia pedindo esmola na frente da igreja e quando morreu ficou por ali mesmo. Ela percebeu que as pessoas ao rezar emanavam energia e que ela se aproximando absorvia essa energia e se sentia melhor. Também percebeu que conseguia saber o que as pessoas queriam, o que estavam pensando, e começou a ajudar para receber as orações delas. Com o tempo começou a se achar uma santa. Conversei com ela e no fim das contas ela vai trabalhar num posto no umbral em busca de sua santidade. Enquanto estávamos encaminhando a santa, o médium viu um espírito masculino, meio barrigudo, e com um avental marrom querendo ser resgatado, ele era da mesma região da França que a santa. Conversei com ele, perguntei o que ele fazia e ele disse que era encarregado da segurança da vila, mas senti que não era bem isso, e perguntei se ele não era um carrasco. Ele ficou sem jeito, não queria responder, ficou com medo que se dissesse o que fazia eu não o ajudaria. Disse a ele que se queria minha ajuda tinha que ser honesto, então ele disse que trabalhava para o Estado, para a Suprema Corte, sim era um carrasco. Perguntei quantas pessoas ele havia executado e ele respondeu que foram 3, pois a vila era pequena. Carrasco era uma função hereditária na França e seria muito pouco provável que ele tivesse executado apenas 3 pessoas durante toda sua vida. Insisti e perguntei quantas pessoas ele executou, não apenas na vila, mas no total, e aí ele respondeu que no total eram 26, mas que eram invasores. Disse a ele que estava preso ali porque as pessoas que ele executou também estavam e que se ele queria ser resgatado elas também precisavam ser. Pedi para me mostrar onde elas estavam e ele mostrou um poço onde os corpos estavam todos jogados amontoados uns por cima dos outros. Resgatamos os executados e o carrasco. Na outra vida passada da mulher ela também era homem e era um mascate, tinha muita lábia e fazia as pessoas comprarem coisas que não queriam e não precisavam. Poderia ser apenas um bom vendedor, mas ele carregava um patuá no pescoço e resolvi investigar. Não deu outra, o patuá era de um trabalho para ele ficar protegido, não ser enganado por caloteiros, para vender bem, e claro que tinha um espírito junto induzindo as pessoas a comprar, não era apenas a lábia do sujeito. O espírito que o acompanhava naquela vida também estava desencarnado, puxei ele para conversarmos, ele teve 6 vidas como escravo aqui no Brasil e nas frequências dessas vidas resgatamos 720 espíritos de escravos. No terreiro onde ele trabalhava tinha mais 80 espíritos e das vidas que eles foram escravos resgatamos mais 550 espíritos de escravos. Por conta de um desejo normal, inocente, de querer ter sucesso nos negócios, o que qualquer comerciante quer logicamente, a consulente acabou gerando um karma negativo que se materializou com ela sendo induzida a realizar um sonho que não era seu. Em ambas as vidas onde gerou o karma o que sobressai era seu desejo muito forte de vender, sem considerar a vontade das outras pessoas. Na vida de padeiro embora não houvesse um contato direto entre o padeiro e a santa a quem ele pedia, existia o desejo da parte dele e o pagamento, que era a reza e a vela acesa em intenção da santa. Na vida de mascate ele fez deliberadamente um trabalho de magia e inclusive carregava o patuá no pescoço. Podemos observar com clareza a atuação da Lei do Karma pois assim como em vidas passadas ela queria vender e para isso contava com ajuda espiritual, da santa e do espírito, que induziam as pessoas a comprar mesmo elas não querendo, na vida atual ela foi induzida a comprar uma franquia que não queria por um espírito.

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