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Foto do escritorGelson Celistre

O poder da amarração amorosa

Atualizado: 30 de nov. de 2022

Há muitos séculos, antes da chegada dos portugueses, os líderes de duas aldeias indígenas fizeram um acordo para o casamento de um casal de jovens, um de cada aldeia, como uma espécie de acordo de paz. Seria uma grande honra paras os noivos, que teriam um status social elevado nessas aldeias. Um irmão do noivo, entretanto, ficou muito enciumado pois ele é que desejava desposar a moça da outra aldeia, ele é quem queria ter essa honraria. Insatisfeito, ele convidou o irmão para uma caçada e propositalmente deixou o irmão ser atacado por uma onça.

O noivo gravemente ferido foi levado para a aldeia e como os líderes tinham dado sua palavra de que o casal de jovens se casaria, fizeram a cerimônia de casamento mesmo com o rapaz quase morto. Para celebrar o casamento, que representava a união das duas aldeias, o ritual foi feito pelos pajés das duas aldeias, e eles fizeram um feitiço de amarração entre o casal, simbolizando a união das duas aldeias. O noivo estava gravemente ferido e o casal nem teve núpcias, pois ele morreu logo em seguida e sua esposa passou toda sua vida sozinha, como viúva.

Quase mil anos se passaram e esses dois espíritos já tiveram várias reencarnações, mas o feitiço de amarração dos dois, o ritual de casamento celebrado pelos dois pajés, foi tão forte que o casal ainda está amarrado um ao outro. O problema é que a moça está encarnada, mas o rapaz está no astral e ele a vê como propriedade dele, não quer que nenhum homem toque nela e muito menos que faça sexo com ela. A moça é casada e tem um filho, mas ela e o marido se relacionam muito raramente pois ela tem muitos bloqueios na sexualidade, justamente por estar com o marido daquela vida passada junto com ela.

Foi preciso apagar a mente do espírito e dos dois pajés que fizeram o feitiço para poder desmanchá-lo e cortar o laço energético que mantinha o casal amarrado. As aldeias ainda existiam e havia 49 espíritos de indígenas vivendo nelas, que foram resgatados. A moça estava desdobrada nessa frequência com a personalidade que tinha naquela vida, vivendo na aldeia concomitantemente com sua vida atual na qual é encarnada. Esse tipo de situação, na qual o espírito está desdobrado numa vida passada, gera um sentimento de não pertencimento, a pessoa se sente deslocada na vida atual, e nesse caso específico uma aversão ao sexo por ela no astral ser casada com um homem e aqui no físico ser casada com outro, além é claro da presença do espírito do marido do astral junto dela. Ela já nasceu sintonizada nessa vida passada pois o pai dela da vida atual era o cunhado daquela vida que por ciúmes do irmão provocou sua morte na caçada.

Com o fechamento da frequência e o encaminhamento dos espíritos envolvidos, bem como o desmanche da amarração, o sentimento da moça deve se modificar, mas como ele já vive isso há muito tempo, vai ser preciso algum esforço para mudar essa energia pois sua mente está condicionada a se comportar dessa forma.

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