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Foto do escritorGelson Celistre

O pacto da bruxa

Quando pensamos em caça às bruxas logo imaginamos o período da Santa Inquisição da Igreja Católica que se iniciou no século XII, tendo mudado de nome em 1908 para Sacra Congregação do Santo Ofício e em 1965, no Concílio Vaticano II, mudou seu nome para Congregação para a Doutrina da Fé, que persiste até os dias atuais. Claro que a pior fase foi na Idade Média. As estimativas oficiais sobre o número de mulheres mortas na Inquisição é de 40.000 a 50.000, mas provavelmente foi mais do que isso.

Mas nos deparamos com um caso de caça às bruxas na Europa bem anterior a isso. Até chequei com a equipe espiritual se a data estava correta pois a ideia que eu pelo menos tinha era a de que as religiões pagãs viviam em harmonia cultuando seus deuses antes da chegada do cristianismo. Mas talvez não fosse uma caça às bruxas por conta dos deuses envolvidos mas por apenas por serem mulheres, pura misoginia. Essa caça às bruxas foi na antiguidade à cerca de 2.200 anos, anterior até ao próprio cristianismo.

Numa certa localidade havia um caçador de bruxas que se orgulhava de ter mandado quase 30 bruxas para a fogueira, 28 mulheres para ser mais exato, sendo que a maioria era inocente, assim como na Inquisição da Idade Média. Dessas 28 mulheres apenas oito eram realmente bruxas, embora isso não fosse motivo para as caçar e matar. Esse caçador já tinha uma certa fama e já causava terror para todas as mulheres, pois mesmo não sendo bruxa se a mulher fosse acusada já era considerada culpada e acabava morta na fogueira.

Eis que uma jovem bruxa que viu pelo menos duas de suas tutoras na bruxaria e mais 13 mulheres que ela conhecia serem queimadas na fogueira decidiu dar um fim no caçador de bruxas. Era uma jovem mulher de uns vinte e poucos anos e ela usou tudo o que sabia para acabar com o caçador. Fez um pacto com um espírito para enlouquecer o caçador e preparou uma poção mágica que ela deu para ele beber depois de o seduzir. O caçador nem suspeitou que dessa vez ele era a caça.

A jovem bruxa teve êxito, o caçador de bruxas enlouqueceu, não caçou mais nenhuma bruxa, foi piorando com o tempo e depois de quatro anos enlouquecido teve que ser trancado num quarto, onde depois de mais três anos tirou a própria vida por enforcamento. Em sete anos o caçador sucumbiu totalmente. Somente depois de morto no astral é que ele descobriu que aquela jovem mulher que o seduziu fora a responsável pela sua desdita e jurou vingança.

O tempo não apagou seu ódio e o caçador de bruxas encontrou agora a jovem bruxa encarnada e estava fazendo com ela o mesmo que ela fez com ele, estava a enlouquecendo e ela já tentou suicídio. Ela já tinha mediunidade e ele fez de tudo para aumentar a sensibilidade mediúnica dela, a induzindo ao uso de álcool e maconha e, o golpe final, ayahuasca. A jovem bruxa escuta vozes o tempo todo e já estava muito próximo de perder o controle da própria vida, acreditando que estava sendo perseguida por um mago negro que inferniza a vida dela, atrapalha a vida profissional dela e até causou a morte de várias pessoas.

Mas enfim, ela apenas estava sendo obsidiada pelo caçador de bruxas e mais 17 espíritos que ele colocou junto dela para a enlouquecer. O caçador tinha muito ódio dela, mas evidente que não era um mago negro, era apenas um obsessor ferrenho. Nós o obliviamos junto com os outros 17 espíritos e os encaminhamos para reencarnação. Depois que eu fiz isso a equipe espiritual disse à médium que esse caçador já encontrou essa bruxa encarnada outras cinco vezes e que nessas cinco vidas passadas dela ele conseguiu a enlouquecer e ela se matou, esse seria a sexta vida dela em que ele faria ela se matar.

Opa, a contabilidade não está batendo, ela fez isso com o cara em uma vida e já se lascou em cinco, estava indo para a sexta, então tem mais alguma coisa envolvida. Fomos atrás do espírito com quem ela fez o pacto e descobrimos que a jovem bruxa ofereceu a ele 28 vidas dela, uma para cada uma das mulheres que foram mortas pelo caçador para que o espírito as libertasse, pois a jovem bruxa sabia que além de matá-las o caçador as mantinha presas no astral.

O que acontece então, quando acontece da jovem bruxa estar encarnada e de alguma forma ela se envolve com bruxaria, se fizer algum feitiço ou coisa parecida e o espírito com quem ela fez o pacto e o caçador de bruxas estiverem desencarnados, o próprio espírito com quem ela fez o pacto faz o caçador a encontrar, para que ele a enlouqueça, ela se mate e ele receba a energia da morte dela.

E quando acontece isso ele liberta uma das 28 mulheres que o caçador mandou para a fogueira e mantinha presas no astral. Foi acordo que acabou envolvendo esses três espíritos principais, a jovem bruxa, o caçador de bruxas e o espírito do pacto, e as 28 vítimas do caçador. O espírito cumpriu a parte dele, já libertou cinco das 28 mulheres, mas não abria mãe de receber o pagamento integral, queria as 28 vidas da jovem bruxa para libertá-la do compromisso.

Nós obliviamos o espírito do pacto e libertamos as 23 mulheres que ainda estavam presas, estavam mal e foram encaminhadas para um hospital. As cinco que ele já libertou ainda estavam no astral precisando de ajuda e as resgatamos também. Esse espirito do pacto não é nenhum mago negro, na época dele era envolvido com magia e fez um bom feitiço com esse pacto, tanto que ainda se mantinha ativo, mas ele reencarnava como todo mundo e só lembrava dessa vida passada quando o pacto era acionado, a jovem bruxa tinha que estar encarnada e fazer algum feitiço.

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