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Foto do escritorGelson Celistre

O ataque dos dragões - Capítulo II

Atualizado: 30 de set.

Enquanto estávamos desfalecidos ao redor daquela mesa redonda, quatro bruxas estavam ao nosso redor, além de um ser com um manto negro. Uma das bruxas era desencarnada e as outras três são pessoas encarnadas que estavam ali em desdobramento inconsciente. Essas três pessoas são conhecidas de uma das médiuns, uma inclusive é dirigente de um centro de apometria em nossa cidade e já tivemos vários embates com ela no astral pois as entidades que trabalham com ela são trevosas e ela acha que são do bem. Era a presença dessas três pessoas encarnadas com ligações praticamente com toda a equipe que estava dando força às trevas para nos acessarem, isso claro somado aos nossos inumeráveis débitos cármicos relativos à magia negra e similares.

Fizemos a bruxa desencarnada, que visivelmente era a líder do grupo, incorporar e começamos a conversar. Descobrimos que tínhamos uma forte ligação em uma vida passada minha, recente, no final do século XVIII. Naquela vida eu era proprietário de uma grande loja de tecidos e essa mulher (a bruxa líder) era uma de minhas funcionárias. Ela tinha três irmãs naquela vida, sendo que duas trabalhavam na minha loja também, e que na vida atual são as outras médiuns do grupo.

Eu era casado mas tinha um caso com essa mulher e por conta disso ela tinha planos de se tornar minha esposa. Disse até que não me amava, mas queria a posição social e financeira que eu poderia lhe dar, pois ela era oriunda de família pobre e não se conformava com isso. Para conseguir seu intento, de casar comigo, ela se envolveu com bruxaria. Pretendia através de um feitiço que minha esposa morresse e assim ela pudesse casar comigo.

Ocorre que eu também estava tendo um caso com uma das irmãs dela que trabalhava na loja e ela um dia nos pegou em flagrante fazendo sexo no depósito da loja. Enlouquecida, ela avançou sobre nós, que nem tivemos tempo de nos defender, e matou a ambos com tesouradas. Depois disso ela foi presa e morreu na prisão. Ela estava grávida e teve o filho na cadeia. Entretanto, estava tão enlouquecida que fez o próprio parto e ofereceu o bebê ao demônio, esquartejou-o e comeu os pedaços. Ela morreu em 1814 e me disse que naquela vida havia matado mais dois homens além de mim.

Depois de tratarmos dessa criatura, totalmente perturbada, fomos tratar do ser de manto negro que as acompanhava. Incorporado em outra médium e questionado sobre sua motivação em nos atacar, se era algo pessoal ou profissional, ele me perguntou se eu já tinha ouvido a palavra "kamikaze", ao que eu respondi que sim, e ele disse que era esse o caso. Ele se ofereceu para esta "missão" de nos atacar, mesmo sabendo que não "voltaria" para o lugar de onde veio, apenas por amor à causa (das trevas) de nos destruir.

Ele perguntou-me se eu sabia que os médiuns de centros espíritas eram menos atacados afirmando que isso era porque eles "sabiam até onde podiam ir", ao contrário de nós que estávamos "passando dos limites". Fez mais algumas colocações sobre nossos trabalhos e mais ameaças, dizendo que "eles" não iriam parar e que sofreríamos muito mais, etc. Disse ainda que sua presença ali foi muito bem planejada e que eu não tiraria nada dele.

Pedi à medium que o estava recebendo para vasculhar a mente dele e ela disse que ele estava, literalmente, se desmanchando (todos os médiuns sentiam um cheiro putrefato vindo dele). A princípio cogitei a possibilidade de se tratar de um artificial mas ela foi informada pela equipe espiritual nesse momento que um outro ser havia pego este no umbral e o estava utilizando para não ser descoberto, um escravo. Um ser mais poderoso, usando sua mente, "incorpora" em um outro ser em corpo astral e domina. Na prática é como se fosse um ser artificial, um robô, com a diferença de que o artificial precisa ser alimentado energeticamente pelo seu "avatar", enquanto que neste caso a mente que comanda (o avatar) usa energia do próprio ser utilizado. Neste caso o dispêndio de energia foi tão grande pelo avatar que esgotou o corpo astral do ser que ele utilizou, transformando-o em ovoide.

Dei um comando para a médium voltar no tempo até o momento em que aquele ser foi pego pela mente mais poderosa para assim podermos encontrá-lo. Ela viu o exato momento em que aquele ser foi "pego" pelo outro mais forte. Ela viu a imagem de uma garra enorme. O ser que estava controlando mentalmente aquele espírito, como se fosse um artificial, tinha a forma de um dragão. Mas não era como os draconianos que tinham a pele de réptil e garras, mas que tinham uma forma humanoide. Este tinha realmente a aparência e o corpo astral de um dragão. Conectamos este ser com outra médium e conversei com ele. Não creio que neste caso ocorra um sistema de psicofonia normal onde ocorre uma ligação através dos chacras entre a entidade comunicante e o médium. Creio que o que houve foi uma ligação mente a mente entre o dragão e a médium.

Eles se alimentam de energias negativas, principalmente do ódio, e junto deste que capturamos, que era o líder, havia um grupo com mais de 100 dragões, todos com escravos como aquele que havia incorporado em outra médium. Invadimos a mente dele e o obrigamos a revelar seus planos. Ele estava como em transe ligado à médium e falava algumas coisas como se estivesse delirando.

Eles, os dragões, tinham planos de dominação global e estavam trabalhando ativamente em 25 grande metrópoles espalhadas pelo mundo, se alimentando dos sentimentos negativos e os amplificando. Eram muitos milhares de dragões. A imagem que os médiuns viram era como se abaixo das cidades eles ficassem grudados, como abelhas numa colmeia. Em duas dessas grandes metrópoles eles tinham planos que envolviam explosões e tinham escravos que iriam realizar o serviço. Esses escravos são espíritos dominados por eles nos quais foi incutido desde antes do nascimento que deveriam "explodir".

Fomos informados de que existem muitas outras cidades umbralinas e grupos trevosos que incansavelmente resistem ao progresso e que irão nos atacar sistematicamente, assim como atacam qualquer espírito que se oponha a eles, mas que isso é uma grande oportunidade que temos de ir quitando nossos débitos kármicos. Já participamos de incontáveis batalhas como essa, nessa e em outras vidas além dessa, mas a grande diferença para nós é que antes lutávamos pelo outro lado, pelas trevas, e agora estamos do lado da luz. Esperamos ter forças para resistir às nossas fraquezas e conseguir superar o forte apelo que as trevas ainda possuem sobre nós, através de nosso egoísmo, orgulho, vaidade, arrogância, e tantos outros defeitos que ainda não superamos, mas temos principalmente fé naquilo que fazemos e isso nos dá muita força.

Publicado originalmente no blog Apometria Universalista em 17/4/2011.

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