top of page
Foto do escritorGelson Celistre

Medo da mediunidade

(Publicado originalmente no blog Apometria Universalista em 6/12/2010)


Não é raro encontrarmos pessoas com sensibilidade, cuja mediunidade está aflorando ou aflorada, mas que têm medo de exercer seu mandato mediúnico, isto é, têm medo de trabalhar a mediunidade, medo de 'se envolver com espíritos', medo de 'ficar com alguma coisa' se incorporar algum ser, medo do compromisso, etc. Quando chegam a nós muitas já estiveram em centros espíritas ou de umbanda onde lhe disseram que tinham mediunidade, mas as desculpas para o não exercício dessa faculdade, além dos mais variados 'medos', também se enquadram em falta de tempo, ou porque estão estudando ou trabalhando, a distância do local, os horários, o transporte, enfim, todos têm mil e uma desculpas para não 'desenvolverem' a mediunidade. Tem também aqueles que 'preferem' algum outro tipo de atividade espiritual, como reiki, florais ou outras terapias alternativas, crendo que assim irão 'resgatar' essa 'coisa da mediunidade', geralmente sem sucesso.

A consulente em questão se enquadra no tipo que tem medo da mediunidade. Frequenta um centro espírita, participa de algumas atividades, mas não melhora dos problemas que a acompanham de longa data. Sente tonturas, seus braços doem e adormecem, adoece com facilidade, etc. A frequência ao centro espírita é ótima e recomendamos a todos que precisam desenvolver sua mediunidade, entretanto, para quem tem compromisso cármico com a mediunidade, simplemesmente 'bater o ponto' no centro espírita não resolve. Se a pessoa tem mediunidade precisa trabalhar em atividades que envolvam a doação direta de energia aos espíritos sofredores, dar passagem, etc. Cuidar da biblioteca, ajudar na cozinha, na limpeza, etc., são atividades importantes e necessárias mas não vão resolver o problema do médium que precisa se desenvolver. Ela até disse que eventualmente desenha alguma coisa ou escreve, meio que mediunicamente, no centro.

Primeiramente incorporou um espírito que viemos a descobrir ser uma avó da consulente, desta vida mesmo, já falecida. Elas nem eram muito próximas nessa vida, mas a tal senhora sentia que lhe devia alguma coisa. Sentia muita dor nas costas, sabia que estava morta já há mais de um ano, mas não tinha e nem sabia para onde ir. Morreu e ficou vivendo na sua casa do plano físico mesmo. Há cerca de oito meses se aproximou da consulente na tentativa de ajudá-la, pois percebeu muitos seres ao redor dela, diz que a neta pede ajuda e ela tenta ajudar, mas não consegue, fica angustiada por não poder fazer nada, e acaba sentindo-se cada vez mais fraca. Conversamos com ela e a encaminhamos ao hospital do astral com o qual trabalhamos.

Nesse meio tempo enquanto conversava com a tal senhora uma das médiuns captou uma situação em que um homem havia matado toda a família e cortado os corpos em pedacinhos para esconder. Estava numa casa de madeira de dois andares. Estava completamente dementado. Na ocasião em que cometeu essas atrocidades havia vários vultos escuros na dimensão astral o influenciando e se regozijando com a carnificina. O tal homem que matou a família é o pai da consulente, desdobrado nessa frequência no astral revivendo eternamente essa cena, e os familiares que ele matou são sua família atual, esposa e filhos, inclusive a consulente. Apagamos a memória de todos os encarnados e prendemos as entidades negras que estavam ligadas a eles desde aquela outra vida.

Em vidas passadas e em períodos intervidas no astral a consulente atuava com magia negra, tendo vindo com mediunidade nessa existência como consequência cármica de seus atos. Se utilizar para o bem as faculdades mediúnicas pode aliviar em muito seu karma e amenizar inlcusive seus problemas de saúde, mas no inconsciente carrega ainda a memória dos males que provocou no passado com o uso da magia e tem medo de errar novamente, utilizando a mediunidade de maneira errada. As dores nos braços são principalmente pq seus antigos companheiros a procuram para levá-la para trabalhar durante o sono e ela resiste.

Na porta do apartamento da consulente havia um enorme 'exu' (desses que assim se denominam, mas que na verdade são seres inferiores que trabalham para entidades trevosas, capangas do submundo astral) com uma lança que vigiava a casa dela 24 horas por dia, para que todos que ali chegassem se sentissem muito mal e não retornassem. A ideia é afastar as pessoas da consulente, principalmente os homens, para que ela acabasse procurando satisfazer suas necessidades sexuais em desdobramento, facilitando o aliciamento dela. Mas esse ser era um serviçal e queríamos o mandante. O deixamos com a equipe espiritual, logo depois de puxar pela frequência mnemônica dele o seu chefe.

Este era um diabo 'clássico', tinha estilo, corpo peludo, casco e orelhas compridas, dentes pontiagudos com os caninos salientes pra fora da boca, olhos negros, corpo atlético, mas meio deformado, e grandes chifres como os de um touro. Quando aparece algum sujeito assim eu dou logo um 'trato no visual' dele. Emiti um comando mental para que ele se mostrasse com a aparência que tinha antes de bancar o diabo e vimos que era um sujeito fracote e careca, nem um pouco assustador. Deixei-o com essa aparência.

Esta criatura queria que a consulente voltasse a trabalhar com ele, que 'trabalha' em um terreiro no plano físico, onde banca o maioral. No fundo era um covarde e estava se borrando de medo do que poderia lhe acontecer, foi levado pela equipe pra uma conversa, pois ainda tem salvação. Mas nesse terreiro onde ele trabalha mostraram aos médiuns que existem papéis com nomes de muitas pessoas, que foram lá atrás de alguma ajuda ou para encomendar algum trabalho, e esses papéis estavam embebidos em sangue. Era um feitiço para mantê-los presos ao terreiro, uma espécie de 'fidelização de clientes'. Desmanchamos tudo.

Também havia uma 'gira' com a consulente, muito alegre e descontraída como em geral se mostram esses espíritos, sempre preocupadas com sexo, e inclusive disse que se divertia muito em hospitais vendo os familiares dos doentes chorando e rezando pelo 'paizinho' ou pelo 'vozinho' que está partindo, enquanto os tais paizinho e o vozinho estão correndo pelados atrás das giras pelos corredores do hospital.

Esta gira em outra vida era cigana e colega da consulente, também cigana. Viviam da prostituição e pequenos furtos, só que essa se deu mal quando estava na cama com um cliente e, achando que ele adormecera, tentou lhe roubar a carteira. Ele a degolou sobre a cama. A criatura era tão alegre que fez piada com a própria morte, dizendo que morreu feliz pois foi em cima da cama. Esse homem que matou a cigana foi um namorado da consulente na vida atual, cujo namoro não deu certo por conta também de uma 'ajudinha' dessa cigana, que queria vingança dele. A consulente tem uma colega de trabalho atualmente, que foi sua rival no bando cigano, onde as duas inclusive disputavam o cargo de 'fêmea alfa'.

Nesse meio tempo entre um resgate e outro, uma das entidades negras que havia incentivado o pai da consulente a matar a família em outra vida, incorporou numa das médiuns. Ele cobrava do outro uma carnificina ocorrida muito tempo atrás, quando todos eram de tribos vikings. Segundo a entidade eles haviam feito uma aliança entre suas tribos, mas o pai da consulente os traiu e os atacou, pegando-os de surpresa, e houve a morte de muitos guerreiros, de ambos os lados. Os guerreiros desse ser somavam mais de 1.200, fora os que morreram da parte do traidor. Efetuamos um resgate coletivo desse pessoal, muitos ainda desencarnados ligados àquela frequência e muitos encarnados vivendo lá em desdobramento inconsciente.

A consulente ainda queria saber 'o que que ela tinha a ver' com o que o pai fez naquela vida passada para que tivesse que morrer e ser esquartejada. Expliquei a ela que ninguém sofre pelos crimes dos pais e que se ela e os demais familiares morreram nessas condições era pq faziam o mesmo ou até coisa pior no passado. Para não ficar apenas na teoria, pedi aos médiuns que sintonizassem com uma vida passada dela onde fazia coisa semelhante, e logo eles encontraram uma vida onde a consulente e suas irmãs faziam parte de uma seita satânica, cuja sacerdotisa era sua mãe, onde elas seduziam homens e os atraíam para sua casa, onde os sacrificavam a um demônio qualquer, isso por volta do ano 1.400 DC. Mas não era apenas com homens adultos que faziam isso, elas sequestravam bebês e crianças e abriam seu abdômen com uma adaga, comiam os órgãos internos e bebiam o sangue. Foi recomendado a ela banhos de sal grosso e beber muito chá de alecrim, além é claro de trabalhar esse 'medo da mediunidade' e começar a resgatar seus carmas.

Posts Relacionados

Ver tudo

Viagem astral

Comments


bottom of page