Conforme o dicionário Oxford Languages, via Google, a culpa é:
substantivo feminino
1. consciência mais ou menos penosa de ter descumprido uma norma social e/ou um compromisso (afetivo, moral, institucional) assumido livremente. 2. responsabilidade por dano, mal, desastre causado a outrem.
Pela minha experiência, quando uma pessoa se sente culpada geralmente ela tem culpa mesmo. A questão é que devido a esse sentimento de culpa, mesmo que legítimo, a pessoa pode entrar em um estado depressivo que pode se tornar grave. Não importa o que tenhamos feito e que nos gerou essa culpa, nada do que fizermos agora irá mudar algo que já aconteceu, então se a pessoa sofre pela culpa ela tem que trabalhar a aceitação.
Quem não perdoa o outro dificilmente consegue se perdoar quando sua consciência lhe cobra por algum ato que tenha cometido e que lhe gera culpa. Em muitos casos como mecanismo de autoproteção nós esquecemos ou procuramos não lembrar de algo que fizemos e que nos faz sentir culpados, mas quando a consciência começa a nos cobrar e somos obrigados a pensar naquilo que fizemos, às vezes não conseguimos deixar de sofrer.
Tratar sentimentos é muito difícil, depende muito do estado emocional e mental da pessoa, e a meu ver quando a consciência nos cobra, a conscientização é a melhor saída, o diálogo interno, conversar consigo mesmo, analisar o ato cometido, as nossas condições à época do ocorrido, as opções que tínhamos, o grau de entendimento, a pouca idade ou falta de experiência, etc. Mas independente de tudo isso, observamos que é muito comum aquilo que chamamos de consciência na verdade ser um obsessor tentando nos atingir através do sentimento de culpa.
Atendemos uma mulher idosa com o seguinte relato: "Desde o início da pandemia, tenho sentido angústia... medo.. pânico... depressão... ansiedade...e no início tentei reverter com remédios homeopáticos, mas não surtiram efeito. Então comecei a ir em vários médicos... cardiologista... alergologista... pois tenho rinite alérgica e urticaria. E os medicamentos de alergia que estão amenizando os sintomas... pois ele prescreveu também para depressão e ansiedade. Não dormia mais... deitava e por exaustão adormecia. Estou muito agoniada e peço a ajuda de Deus". A mulher em questão é médium num centro espírita kardecista há mais de 20 anos, já atuou na evangelização, passes e no trabalho mediúnico.
A situação que lhe causa culpa é que na juventude ela engravidou de um namorado que não quis assumir o filho e ela por temor da reação dos pais e desespero fez um aborto. Ela estava lidando bem com essa situação até a pandemia, talvez tivesse esquecido para não sofrer, mas do nada a consciência dela começou a acusá-la e gerou toda essa situação que ela relata com angústia, pânico, depressão, etc
Mas e porque do nada a consciência dela passou a lhe acusar? Simples, a consciência dela era um espírito lhe obsidiando, dizendo que a culpa do aborto era dela, que ela foi a única responsável, etc. Imagine você ouvindo isso 24 horas por dia na sua cabeça, que você é culpada. Já expliquei isso em outros textos, muitas vezes as vozes que nós pensamos ser da nossa própria cabeça, pensamentos que imaginamos serem nossos, na realidade são palavras de algum espírito tentando nos influenciar, e esse foi o caso.
Observem que mesmo a pessoa sendo médium há muitos anos e sendo uma trabalhadora ativa do centro espírita ela não conseguiu identificar que se tratava de influência espiritual, justamente porque o espírito tocou num ponto que no fundo estava mal resolvido com ela mesma, a questão do aborto.
O que aconteceu é que durante a pandemia o rapaz de quem ela engravidou e que não quis assumir o filho morreu. O espírito que foi abortado acompanhou o processo todo na época e sabia que a culpa foi do rapaz por não querer assumir a paternidade, por isso a moça na época fez o aborto. O espírito abortado assim que o seu quase pai morreu passou a cobrá-lo, disse que ele o impediu de nascer, que ela não teve uma vida por causa dele e coisas do tipo e o quase pai tirou o dele da reta e botou a culpa toda na moça.
Então no astral tínhamos o espírito que foi abortado cobrando o seu quase pai por ter sido abortado e esse cobrando da moça que abortou, que é a mulher que atendemos, dizendo que a culpa era dela. Essa parte foi resolvida apagando a mente dos dois espíritos e os encaminhando para reencarnação.
Mas como dizem, desgraça pouca é bobagem, e essa mulher ao sentir agora a culpa pelo aborto que fez na juventude, mesmo que essa culpa tenha sido induzida, abriu uma frequência de vida passada na qual ela também tinha feito um aborto. Essa mulher foi freira numa vida passada e acabou engravidando de um primo que foi visitá-la no convento. A madre do convento soube da gravidez e providenciou para que fosse feito um aborto e a freira gestante depois foi severamente castigada, passou a viver unicamente dentro de uma cela no convento, era humilhada constantemente e lhe foi imposto também que se autoflagelasse. Em menos de dois anos ela não resistiu e cometeu suicídio por enforcamento, fazendo uma corda com as próprias roupas.
Ao abrir essa frequência a mulher sintonizou com o convento que ainda existia no astral e estava lá ainda a madre que passou a exigir que ela se autoflagelasse por ter, novamente, engravidado e abortado. A mulher estava presa numa cela se autoflagelando com um chicote. Além da madre havia mais oito espíritos que eram dessa congregação, que inclusive naquela vida passada foram os obsessores que induziram a freira ao suicídio, pois potencializaram a culpa dela por ter descumprido seus votos de castidade e eles lhe diziam que ela era indigna de estar ali. Para fechar a frequência apagamos a mente da madre e dos outro oito espíritos, assim como da freira que se autoflagelava, e destruímos no astral o convento.
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