(Publicado originalmente no blog Apometria Universalista em 5/1/2020)
Aokigahara, que significa "mar de árvores" é o nome de uma floresta que fica na base do Monte Fuji, há cerca de 100 km de Tóquio, a capital do Japão. Também é conhecida como "floresta do suicídio", pois muitas pessoas vão a este local para cometer suicídio. Na entrada da trilha principal da floresta tem uma placa com a seguinte mensagem:
“Sua vida é um presente precioso que você ganhou dos seus pais. Por favor, pare um momento para pensar sobre seus pais, irmãos ou filhos. Não guarde nada pra você mesmo. Por favor, fale e compartilhe os seus problemas.”
O Japão tem uma das maiores taxas de suicídio do mundo, uma média de 70 suicídios por dia, mais de 25.000 por ano. Na cultura japonesa o suicídio está muito associado à honra, desde que foi instituído o seppuku na classe guerreira japonesa, um método de suicídio ritualístico onde a pessoa abre o próprio ventre deixando as vísceras a mostra, usado principalmente pelos samurais.
Atendemos uma pessoa que em vida passada no Japão cometeu suícidio dessa forma ritualística e através dessa frequência conseguimos fazer um grande trabalho de resgate de suicidas na terra do sol nascente, começando por Aokigahara, pois era nesse local vivia o líder de um grupo de espíritos que no astral promovem essa cultura do suicídio, mantendo viva uma egrégora que permeia quase toda a sociedade japonesa. Quando entramos na floresta nos deparamos com uma nuvem de espíritos de suicidas, pálidos e imóveis, como se fossem um comitê de recepção. Eram cerca de 200 almas e quando as recolhemos vimos surgir uma enorme construção, semalhante ao palácio imperial de Tóquio.
No interior desse palácio encontramos o espírito de um samurai que em via passada cometeu o seppuku, e que desde então se dedica a manter viva essa egrégora de suicídio na cultura e na mente dos japoneses. Ele não conseguiu proteger o seu senhor, que acabou morrendo numa batalha, e por esse motivo ele cometeu o suícidio. Esse samurai vivia pelo rígido código de honra dos guerreiros, o Bushido, onde o seppuku era considerado um ato de bravura.
Este samurai morreu seguindo seu código de honra e no astral passou a acompanhar outros samurais que estavam prestes a cometer o ato, dando-lhes incentivo. Junto dele nesse palácio havia cerca de 300 samurais, que morreram com honra praticando o seppuku.
Mas além dos que morreram com honra, havia os que morreram sem honra, que para ele eram todos os que cometeram suicídio de outras formas, como enforcamento, envenenamento, etc. Estes suicidas desonrados, fracos, era quem mantinha o palácio e o resto dos samurais. Os samurais absorviam a energia vital desses suicidas no momento da morte, devorando o corpo etérico deles, eram vampiros especializados nesse tipo de energia. Apesar de terem morrido com honra, esses samurais deturparam sua existência, passando a se alimentar da energia das pessoas que morreram cometendo suicídio. Prendemos o líder e os demais samurais e libertamos cerca de 4.000 almas de suicidas que estavam aprisionadas nos porões e destruímos o palácio, que para nossa surpresa havia sido construído com os corpos astrais de suicidas. À medida que iam desmoronando, das paredes emergiam milhares de espíritos. Esse palácio na floresta de Aokigahara era um dos três pontos energéticos que mantinham essa egrégora de suicídio ativa no Japão, ligado à área de Tóquio. Os outros dois se localizavam nas cidades de Quioto e Nagoya, onde existiam palácios semelhantes no astral. No total foram resgatados cerca de 14 milhões de espíritos que cometeram suicídio no Japão desde a era Tokugawa e eram mantidos prisioneiros nesses locais.
Um fato curioso que observamos é que essa egrégora de suicídio só tinha ligação com os japoneses natos e não atingia alguns grupos. Analisando descobrimos que os grupos não atingidos pela egrégora do suicídio eram descendentes da casta social mais baixa do perído medieval do Japão, os burakumin, que realizavam atividades consideradas sujas e que deixariam a pessoa impura, como pessoas que executavam os criminosos, varriam ruas, açougueiros, coveiros, etc. Além dos burakumin também não eram afetados pela egrégora os descendentes de japoneses que nasceram em outros países e vão trabalhar no Japão, assim como os estrangeiros de modo geral.
Nós desmanchamos essa egrégora e prendemos os seus principais fomentadores, mas a cultura do suicídio está muito arraigada na cultura japonesa e provavelmente o inconsciente coletivo nipônico vai formar outra, mas esperamos que o índice de suicídios naquele país diminua nos próximos anos.
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