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Foto do escritorGelson Celistre

A tela etérica

Atualizado: 2 de mar.

A "tela etérica" é uma espécie de malha magnética que se situa entre o corpo etérico e o corpo astral e que atua como uma espécie de filtro de energias entre a dimensão astral e a dimensão física. É como se fosse uma roupa dessas de mergulho, que ficam bem justas no corpo. Na prática é o que nos impede de perceber o mundo espiritual, ver ou falar com os espíritos que estão à nossa volta.

Em épocas passadas a humanidade tinha esse filtro muito permeável, o que permitia que tivessem um contato praticamente permanente com o mundo espiritual, isso na época da Atlântida, e em função do mau uso dessa propriedade da tela etérica, ou dessa capacidade de intercâmbio com as energias do mundo astral, por determinação das entidades que regulam o desenvolvimento dos espíritos que estagiam aqui na Terra, esse filtro se tornou uma barreira a nos limitar o contato com os espíritos e a dimensão espiritual (vide o livro Umbanda essa desconhecida, de Roger Feraudy).

As pessoas que possuem mediunidade, ou seja, uma maior capacidade de intercâmbio de energias com a dimensão astral, conseguem isso devido à maior permeabilidade de sua tela etérica, em função de Karma acumulado, geralmente devido à magia negra em vidas passadas. Significa que a mediunidade não é um dom (pelo menos em 99,9% dos médiuns) e sim o resultado de rasgos ou rombos na tela etérica do indivíduo, isto é, a mediunidade é um efeito kármico.

Essa tela é muito sensível e pode ser danificada pelo uso de substâncias tóxicas como álcool, fumo, drogas, chás alucinógenos, remédios para depressão, etc., assassinatos, crises emocionais muito fortes (ataques de ira, pânico, traumas, etc.). O uso de drogas faz com que essa tela ou malha se rompa, criando rasgos, furos, rombos, por onde a pessoa passa a perceber, sentir, as energias do mundo espiritual, sem no entanto ter consciência ou controle sobre isso. As alucinações e sensações que os drogados sentem são fruto desses estragos na tela etérica que acabam provocando um tipo de mediunidade na pessoa que com o tempo de uso vai além dos momentos em que a droga é utilizada.

O consulente que motivou este relato é usuário de drogas há muitos anos, nos procurou por achar que uma mulher com quem teve uma filha fez algum "trabalho" pra ele. Foi inclusive num cidadão que é "espírita" e que lhe disse isso. Esse cidadão também dise que havia tirado do consulente três espíritos que estavam com ele, o que achamos muito difícil de crer, mas enfim, verificamos que ainda havia muitos seres acompanhando o consulente.

O primeiro espírito que se manifestou era uma "gira". Gira neste caso é um espírito feminino que tem como ocupação principal no astral a atividade sexual promiscua; são espíritos que utilizam o sexo com encarnados como forma principal de obtenção de energias densas. São muito usados para vampirização e obsessão pois se ligam facilmente aos seus alvos. Também são usados como "ponte" para que uma outra entidade utilize de alguma forma o alvo da obsessão ou vampirização, sem agir diretamente, para não ser descoberta ou pq no momento não consegue acesso ao alvo.

Essa gira é amiga da tal mulher com quem o consulente tem uma filha e elas fizeram um pacto onde uma sempre está desencarnada quando a outra está encarnada, e elas já vem conseguindo isso há várias vidas. Já foram bruxas e feiticeiras em várias vidas passadas. Numa delas inclusive o consulente foi aprendiz e amante das duas, mas depois que aprendeu o que queria as abandonou e iniciou sua carreira solo como feiticeiro. Elas não gostaram disso e o mataram, depois esquartejaram o corpo e fizeram feitiços com os pedaços, entre outras coisas. Mas antes de ser morto ele teve tempo de fazer muita magia negra naquela vida e se complicou muito karmicamente. A gira foi retirada.

Essa filha do consulente tem algum problema fisiológico na garganta. Isso se deve em parte pq quando estava no útero ela via a mãe atacando o pai em desdobramento e tentava falar pra ele, sendo que a mãe tapava sua boca e não permitia (no astral). A menina tbm tem um problema num dos pés, nasceu torto, pq em uma vida passada teve o pé cortado quando tentava fugir de alguém. Todos possuem fortes ligações de vidas passadas.

O consulente também em desdobramento estava com uma coleira no pescoço, através da qual um outro espírito o perturbava. Era um irmão de uma outra vida. Naquela existência esse irmão saiu do interior para morar numa cidade mais povoada e obteve algum sucesso como comerciante. Era uns vinte anos mais velho que o consulente naquela vida. Quando o consulente se tornou um rapaz foi morar com o irmão na cidade grande para estudar.

Esse irmão tinha uma filha que estava noiva do filho de um importante comerciante local e que era parceiro de negócios dele. O consulente então seduziu a moça, que era sobrinha dele, e fugiu com ela. A mãe desesperada com o ocorrido se suicidou de vergonha. Algum tempo depois o consulente deu uma surra na mulher (sua sobrinha) e a deixou de madrugada na casa do pai, toda marcada da surra. O pai do noivo traído cortou relações financeiras com o irmão do consulente, que quase faliu.

Este espírito, o irmão do consulente, já teve várias reencarnações depois daquela vida, mas quando encontrou o consulente encarnado na vida atual acabou relembrando estes fatos e passou a obsidiá-lo, por vingança. Conversamos um pouco e nossa equipe espiritual localizou uma mulher que foi esposa desse espírito em sua última existência antes do desencarne, uma vida onde ele era taxista. Ele foi com a mulher.

Eu havia perguntado a ele como encontrou o consulente na vida atual e ele disse que foi por acaso, que nem o estava procurando pq não lembrava daquela vida. Um outro espírito o convidou para ir num local onde estava "cheio de gente" (espíritos) e onde eles poderiam ficar; este local era a casa do consulente. Devido aos atos cometidos por ele em vidas passadas, muitos ligados à magia negra, e principalmente devido ao fato dele ser usuário de drogas, no ambiente astral da casa havia mais de uma centena de espíritos vivendo. No chão da residência havia uma camada de sangue, grupos de espíritos fazendo giras de candomblé e mais um monte vivendo dos dejetos etéricos do consulente e dos demais espíritos que estavam no local, todos vivendo numa promiscuidade energética degradante.

Efetuamos a limpeza do local e recolhemos esses mais de cem espíritos ligados ao consulente e, por consequência, à sua família. A tela etérica do consulente estava, literalmente, virada num farrapo. Na região do tórax havia vários buracos; nas pernas não chegava ao joelho e nos braços terminava antes dos cotovelos. Esta falta de isolamento do mundo astral permite que a pessoa seja facilmente vampirizada por entidades de baixa vibração.

Quando o consulente se desdobra, e não é só nos momentos que usa drogas, ele vai para um local umbralino lamacento, juntamente com vários outros usuários de drogas, e lá um ser trevoso os vampiriza, sugando suas energias e os infectando com seus fluídos densos. Prendemos esse ser e enviamos os drogados que estavam lá de volta para seus corpos. Nestes casos pouco ou quase nada se pode fazer pq o usuário não quer parar, ele acha que não está prejudicando ninguém além dele mesmo e não encara seu vício como algo realmente nocivo.

Somente quando o usuário percebe que está fazendo mal a si e aos familiares e decide parar é que se obtém algum resultado, mas mesmo assim vai depender muito da força de vontade dele pois durante o tempo em que se drogam eles criam e fortalecem laços com seres trevosos, vampiros e outros, e depois acaba ficando difícil de se libertar.

Esses rombos na tela etérica às vezes conseguimos fechar, mas no local fica uma película mais fina e permeável do que no restante e por onde ainda vai passar mais energia do que o normal. Em alguns casos, como no desse consulente, dificilmente vai ser possível uma regeneração da tela etérica. Em sua próxima encarnação ele poderá ter vários problemas de saúde devido à exposição que seu organismo está sofrendo de vibrações deletérias e tbm provavelmente vai nascer com uma mediunidade bem ostensiva.

Publicado originalmente no blog Apometria Universalista em 25/4/2011.

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